R$ 3,6 bilhões é o orçamento do Estado para o próximo ano, aprovado ontem pela Assembléia Legis-lativa. Para um Estado, como o Acre, com pouco mais de 700 mil habitantes, é um bom dinheiro.
Se, por um lado, como afiançam as autoridades do setor financeiro e de planejamento, este orçamento representa o bom momento pelo qual o Estado vem passando, por outro, seria salutar e recomendável que houvesse esclarecimentos e debates mais aprofundados sobre a destinação e aplicação desses recursos.
Há poucos dias quando se levantou na mídia o total do endividamento do Estado, o governo, em uma atitude louvável, veio logo a público para esclarecer e tranqüilizar que está tudo sob controle, que não há riscos de se colocar a economia do Estado num ‘apagão’.
Seria salutar que a sociedade, organizada em suas entidades representativas, tivesse, pois, mais informações e participação na aplicação desses recursos. Que a maior parte, por exemplo, fosse destinada aos setores so-ciais, como educação, saúde, segurança pública, cujos problemas são ainda bastante agudos. Em alguns casos, até se agravando. Os índices de criminalidade, por exemplo, não se coadunam com esse quadro de prosperidade que se quer apresentar.