Empresários, políticos, sindicatos, a população anunciando que vão bater à porta dos tribunais para cobrar os prejuízos sofridos com o blecaute da semana passada. Mais do que justo. A questão é: e as concessionárias vão ressarcir os danos? Em quanto tempo?
Apesar de já existirem normas que regulamentem o funcionamento das concessionárias desses serviços, prazos inclusive para o consumidor recorrer e prazos para as empresas ressarcirem os danos, sabe-se que não é bem assim, com a celeridade prevista.
A questão é que ao longo dos anos, os serviços públicos neste país tornaram-se sinônimos de ineficiência e descaso e, infelizmente, apesar de alguns avanços, esta cultura acabou se transferindo para as empresas priva-tizadas ou semi-privatizadas. Daí, o calvário que, normalmente, o consumidor terá que percorrer quando se sente lesado e se dispõe a buscar seus direitos nos tribunais.
No caso dos constantes blecautes ou ‘apagões’ no fornecimento de energia aqui no Estado, recorrer à Justiça é um direito. Contudo, no momento, o mais recomendável mesmo é cobrar das concessionárias, do governo e da classe política as devidas providências para que o problema não se repita. Como se viu, o sistema é extremamente precário, vulnerável e a qualquer momento mais ble-cautes podem se repetir.