Este Estado teve ontem mais uma amostra do quanto é temerário ficar na dependência do fornecimento de energia elétrica do chamado “linhão” que vem de Rondônia. O “apagão” de mais de cinco horas provocou o caos na Capital e municípios vizinhos, com toda sorte de transtornos e prejuízos.
Por mais que as autoridades e técnicos do setor digam e repitam que a interligação com o sistema nacional de distribuição é irreversível e benéfico, os sucessivos blecautes desmentem essas assertivas.
O que intriga e revolta é que nessas horas, essas mesmas autoridades e técnicos somem para não dar as devidas explicações sobre as verdadeiras causas que provocaram os “apagões”, como aconteceu ontem.
Até se admite que a interligação seja mesmo um processo irreversível. No caso do Acre, entretanto, as autoridades estaduais, a sociedade deveriam ter as devidas garantias de que o sistema seja confiável.
Considerando que o Estado está no fim da linha do sistema, por que não exigir que as empresas do setor mantenham uma alternativa local de geração? Pelo menos, uma ou duas termoelétricas em condições de atender a demanda, no caso de um problema no sistema de distribuição? Ficar, literalmente, pendurado no “linhão” hão de convir que será sempre arriscado.