Os servidores da Saúde podem ter todos os direitos e razão em fazer suas reivindicações. Porém, perdem a razão quando cruzam os braços nesses tempos em que a população vem sendo castigada pela epidemia da dengue.
Há várias semanas que os funcionários, através de seu sindicato, vêm ameaçando paralisar suas atividades e fechar os postos de Saúde para protestar contra a demissão de servidores contratados em regime temporário.
Nada a opor em tentar garantir empregos. Embora a legislação, até que não seja mudada, sempre recomendará que a admissão nos serviços públicos sejam feitas através de concursos.
O que a sociedade não pode aceitar é que os serviços sejam prejudicados, justamente, em tempos como este em que há um quadro grave de epidemia, o qual exige a máxima dedicação de todos para evitar conseqüências piores das que já se está vivendo.
Que os servidores, através de sua entidade de classe, e as autoridades do setor abram os canais de diálogo, negociem. Aliás, já deveriam ter feito isso há mais tempo.
O que não é ético é usar medidas extremas, radicais, de um lado e de outro, para prejudicar os serviços e, por conseguinte, a população que precisa deles.