A avaliação que se faz do Carnaval é, de modo geral, positiva. Empolgado, o governador Binho Marques chegou a declarar que aqui se faz o melhor Carnaval, porque todos podem participar sem pagar. Mesmo assim, fora do Arena, o saldo ainda foi violento, com vários homicídios.
Contudo, não se pode apenas, como é de costume, ir logo colocando a culpa no sistema público de segurança. Como se viu, o governo dobrou o número de policiais, tomou medidas para organizar o trânsito e outras medidas preventivas.
O que é preciso chamar atenção é também para o fato de que a sociedade tem sua parcela de obrigações. O que se observa é que muitos já saem de casa para essas festas como se fossem para um campo de batalha.
Já saem de casa armados, perdem completamente o senso da medida. Por conseguinte, da responsabilidade no consumo de bebidas alcoólicas, de drogas, abusam da velocidade no volante e os resultados só podem mesmo ser os piores possíveis.
Ou seja, o problema de fundo é mesmo de educação, de valores e aí todos – a família, a escola, as igrejas, o poder público, o indivíduo – têm suas parcelas de responsabilidade, porque educação não se compra na esquina.