Impressiona a quantidade de drogas, sobretudo pasta-base de cocaína, que vem sendo apreendida na Capital, ao longo das rodovias e mesmo em alguns municípios. Fosse apenas pela droga não seria tão grave. Pior é que no rastro dela vem tudo o que não presta, como formação de quadrilhas, assassinatos.
Na semana passada, por exemplo, um taxista, jovem ainda foi chamado para fazer uma corrida e sumiu. Dois, três dias depois seu corpo foi encontrado na beira de um ramal, mutilado, o carro incendiado.
Ainda na semana passada, a polícia flagrou, entre outras apreensões, dois casais, em bairros da Capital, com um posto, uma “bocada”, como se fala na gíria, traficando cocaína, como se fora o trabalho ‘profissional’ dos casais. Sem contar as detenções dos chamados ‘mulas’ no aeroporto, tentando levar a droga para fora do Estado.
É verdade que os órgãos de Segurança Pública já reforçaram os esquemas nas fronteiras com os países vizinhos, produtores e exportadores de cocaína. Pela quantidade de apreensões parece não ter sido suficiente.
O que preocupa, na verdade, além de o Estado tornar-se um ‘corredor’, é o fato de que grande parte dessa droga está ficando nas cidades e se tornando um ‘negócio’ rentável para muita gente. Se não houver um combate permanente, combinado com a educação, quando o narcotráfico fincar seus tentáculos, será difícil erradicá-lo, depois.