Não foi um acidente de trânsito. Ou uma fatalidade, como se costumam mascarar esses fatos. Foi um crime o que esse soldado da Polícia Militar cometeu ao atropelar, no domingo, embriagado, um pobre pedreiro que estava voltando do mercado. E como tal deve ser tratado e julgado, com rigor.
Pelas informações que se tem, o PM já havia se envolvido em uma briga. Sem as mínimas condições de dirigir por causa da bebedeira, só poderia acontecer o que se viu. Atropelou um cidadão, um trabalhador, em cima de uma calçada e, depois, covardemente, fugiu.
Não se trata aqui de atacar ou julgar a corporação. Trata-se sim de exigir providências enérgicas do comando para localizá-lo, prendê-lo e expulsá-lo de suas fileiras, porque ele não dispõe dos requisitos morais para continuar nela.
É o mínimo que a sociedade está a exigir. Qualquer tentativa de mascarar o fato ou protegê-lo com espírito de corpo, aí sim a sociedade se dará ao direito de julgar e condenar a corporação.
Se se exige de qualquer cidadão consciência e responsabilidade no trânsito, quanto mais de um soldado. Já se disse e vale repetir: não há motivos para tantos acidentes com feridos e mortos em um trânsito de uma cidade de pouco mais de 300 mil habitantes.