As discussões em torno do aumento da violência no Estado Acre colocam em xeque a qualidade e a eficiência do Sistema Penitenciário acreano. O caso do presidiário Gleisson Andriola, que matou a assessora Ana Eunice com 15 facadas e atirou seis vezes contra um homem, revela que os presídios nem sempre estão servindo como Unidades de Recuperação.
O que fazem os presos durante o tempo em que estão nos presí-dios? A que tipo de atividades eles são submetidos? Que tipo de acompanhamento é oferecido pelo Estado aos reeducandos?
As respostas para essas perguntas nem sempre são dadas, ou porque não existem ou porque o sistema é tão frágil que nem mesmo tem condições de oferecer os serviços essenciais aos reeducandos.
No Brasil, estima-se que um preso custa em média R$ 1,6 mil para os cofres públicos. Um valor alto para manter pessoas apenas presas em uma cela superlotada, onde criminosos de diversas naturezas se misturam e até trocam experiência.
Não há dúvida que precisamos de uma revisão no Código Penal, mas não podemos esquecer que o Sistema Penitenciário precisa funcionar com mais eficiência, garantindo a resso-cialização de quem cometeu algum tipo de crime.