A empresária e candidata a deputada federal pelo PSC, Antônia Lúcia, falou ontem com a imprensa sobre o modus operandi da Operação “Eleições Livres”, realizada pela Polícia Federal na quarta-feira (22).
Ela foi uma das sete pessoas que foram levadas pelos agentes até a superintendência para prestar depoimento e, depois, serem indiciadas pela prática de crimes eleitorais.
De acordo com Lúcia, os policiais teriam agido com excesso de força e truculência. A candidata afirmou que foi puxada à força pelo braço e recebeu cotoveladas. Para comprovar os possíveis abusos, ela apresentou o exame de corpo de delito realizado pelo Instituto Médico Legal (IML).
Antônia Lúcia também mostrou os hematomas no corpo. O advogado da empresária, Paulo Henrique Cesrato, disse ter denúncias de abuso de autoridade contra os delegados federais que estão à frente das investigações. Entre elas estaria a invasão de domicílio para obter provas contra os acusados.
Cesrato declarou que apresentará as denúncias ao Ministério Público Federal. A candidata também disse ser perseguida por ser uma candidata evangélica. “Há um movimento para que evangélicos não sejam eleitos”, desabafou ela.
OUTRO LADO
Em nota, a Polícia Federal negou ter agido com violência durante o cumprimento dos mandatos judiciais.
“Visto que em atendimento aos princípios éticos e legais que vinculam a atividade desta instituição, houve total respeito à dignidade da pessoa humana, a preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem dos envolvidos, bem como respeito à presunção de inocência dos investigados”, esclarece um trecho da nota.
Quanto à acusação de perseguição política, a PF ressalta que não faz escolha dos investigados. “As investigações são caracterizadas pela lisura dos procedimentos, pelo princípio basilar da impessoalidade e estrito cumprimento das leis”.