Além de votarem para presidente da República, os acreanos têm uma obrigação a mais no domingo que vem: o referendo sobre o fuso horário, através do qual, vão decidir se continuam com o horário atual ou voltam à hora antiga.
A julgar pelas manifestações nas ruas, nos meios de comunicações, debates, as opiniões estão divididas. Arriscar um prognóstico a essas alturas, seria temerário.
Um dado positivo é que os dois protagonistas da questão, o governador eleito Tião Viana, autor do projeto que instituiu a hora atual, e o deputado federal Fla-viano Melo, que propôs o referendo, saíram de cena, procurando não interferir no debate e na decisão final da sociedade.
Por se tratar de uma questão polêmica, que suscita argumentos válidos dos dois lados, quanto mais a população estiver bem informada e livre para decidir, melhor. Quanto mais interferências e estridências indevidas, pior.
Ao contrário do se supõe, o povo já deu demonstrações que sabe decidir o que lhe convém ou não. Nesta questão, também, nada como o voto livre e soberano para saber o que a população quer.