Bando furtada caminhonetes do pátio de concessionária, antes mesmo de serem cadastradas no sistema da empresa, usavam fardas da Polícia Civil e caracterizavam os veículos roubados transformando em viaturas policiais com placas oficiais falsas
Uma ação conjunta de policiais militares do Serviço Reservado do 4° Batalhão, com apoio do Batalhão de Operações Especiais – BOPE culminou com o desbaratamento de uma quadrilha especializada em furtar veículos zero quilômetro de concessionárias que não possuíam nenhum tipo de registro e que eram levados para a Bolívia onde eram vendidos e trocados por dinheiro.
A quadrilha composta por Uieno da Silva França, 23 anos, ex funcionário da Concessionária Xapuri Motors e os comparsas Luiz Fernando Barroso da Silva, 29 anos e Wilkison da Costa Ferreira, 29 anos, que já teriam furtado cinco veículos, sendo quatro caminhonetes Hilux e um veículo de passeio avaliados em quase R$ 500 mil.
De acordo com informações da Polícia, a quadrilha vendeu três caminhonetes furtadas em Rio Branco, pelo valor de $ 12,5 mil, cerca de R$ 23 mil cada.
Metade do valor a quadrilha recebeu em dinheiro e a outra metade em oxidado de cocaína que era refinado e rendia cinco vezes mais do valor recebido em dinheiro.
Com o valor da venda dos veículos e da cocaína, os integrantes da quadrilha estariam investindo em imóveis.
Bando furtada os veículos antes de serem registrados no sistema das concessionárias
Ao serem presos, Uieno França, Wílkison Costa e Luiz Fernando revelaram a Polícia a estratégia que a quadrilha usava para furtar os veículos novos das concessionárias que ,em alguns casos, ainda não sabiam que os carros haviam sumido do pátio.
Os acusados revelaram que o esquema acontecia da seguinte forma: Eles eram informados supostamente por funcionários da Concessionária o dia em que a “cegonha” chegaria com os carros novos. Normalmente era nos finais de semana e após entregarem os veículos no pátio da empresa, no período da noite ou madrugada antes dos veículos serem cadastrados no sistema da Concessionária, a quadrilha furtava os carros e seguia viagem para Bolívia, onde os compradores já estavam aguardando com o dinheiro ou cocaína como pagamento.
Quadrilha usava farda da Polícia Civil e placa oficial fria para passar nas barreiras policiais
Ao ser preso, o trio revelou como conseguia passar nas barreiras policiais ao longo da BR 317 sem levantar suspeitas dos policiais militares, federais e rodoviários federais. Depois que estavam com o carro, o bando vestia fardas do setor de transportes da Polícia Civil e colocavam placas frias nos veículos.
Placas usadas pelos criminosos eram de cor branca ( para veículos oficiais) instalavam giroflex – sinalizador comumente usado em viaturas policiais, ou seja, caracterizavam principalmente as caminhonetes como se fossem veículos oficiais da Polícia Civil e seguiam viagem sem serem incomodados pelos policiais nas barreiras.
As fardas e os equipamentos utilizados em viaturas policiais foram apreendidos pela Polícia Militar, além de cinco quilos de oxidado de cocaína, dinheiro, uma caminhonete e um veículo de passeio avaliado em cerca de R$ 790 mil, que também foi furtado de uma Concessionária.
Polícia suspeita da participação de funcionários da Concessionária
Dois funcionários de uma Concessionária foram detidos e encaminhados a Delegacia Central de Flagrantes DEFLA, os funcionários não tiveram os nomes revelados segundo alegou os policiais que participam das investigações, por que ainda seriam interrogados e não existia provas concretas das participações dos mesmos na ação criminosa.