Levando a sério o mito do Mapinguari podemos dizer que as referências a este termo e ao personagem ganham mais importância que as próprias narrativas mitológicas a seu respeito.
Espero ainda completar minha análise mitológica recebendo dos leitores algumas versões de narrativas a respeito do Mapinguari.
A partir dos dados que disponho atualmente é como se existissem um velho e um novo ‘testamentos’. No primeiro o personagem, índio velho e querido dos seus, desobedece querendo tornar-se imortal e desgarra de sua tribo, mas como castigo ele transforma-se neste animal terrível. Na segunda parte das estórias o Mapinguari de bicho escondido volta a torna-se gente, por obra e graça do homem branco, civilizador, pioneiro na formação histórica dos povos da floresta.
Pretendo com a colaboração dos leitores receber mais versões de narrativas sobre o Mapinguari para completar minha análise.
Com meus agradecimentos ao jornal e aos seus leitores.
Cordialmente, Prof. José Maria Tavares de Andrade, Antropólogo da Univ. de Strasbourg – França [email protected]