O Rio Branco, um dos maiores clubes da região, viveu dias conturbados nos tribunais. Chegou ao fim uma das maiores ‘novelas’ envolvendo o Estrelão. Na noite de ontem (25), após reunião entre dirigentes do clube e da Federação de Futebol do Acre (FFAC), a diretoria do alvirrubro decidiu retirar as ações na justiça comum e agora vai tentar permanecer na Série C de 2012.
O clube acreano deve enviar um documento ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ainda hoje (26) formalizando a retirada das ações. Em seguida, a CBF deve ser comunicada para dar seqüência à Terceirona, com ou sem o Luverdense/MT.
Multa – Além dessa briga nos tribunais que chegou ao fim, o Estrelão voltou ao banco dos réus no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na noite da última segunda (24). O time acreano foi multado em R$ 1 mil pelos incidentes que ocorreram no jogo contra o Paysandu/PA, no último dia 2, no Arena da Floresta.
O alvirrubro foi enquadrado no artigo 213 do CBJD, “por deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens na sua praça de desporto”. Na súmula constam dois incidentes ocorridos na torcida da equipe da casa. Ao término do intervalo, o árbitro Péricles Bassols foi atingido por um líquido, vindo das arquibancadas. Depois, o juiz narrou que durante a segunda etapa identificou um raio laser, também vindo da torcida.
Já o zagueiro Martony, do Rio Branco, pegou dois jogos de suspensão pela expulsão e às ofensas ao árbitro do Rio de Janeiro, Péricles Bassols. Segundo Bassols, o defensor teria o ofendido. O jogador foi denunciado no artigo 243-F (ofender alguém em sua honra, por fato rela-cionado diretamente ao desporto) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Presidente do STJD faz alerta – De acordo com o presidente do STJD, Rubens Approbato, o ‘Caso Rio Branco’ poderia resultar em conseqüências sérias ao futebol acreano, com a desfiliação da federação e do clube.
“O que poderia acontecer, e isso é gravíssimo, é comprometer até a própria atividade no Brasil. A Fifa poderia até desfiliar o Brasil porque não estar cumprindo as normas dela. É possível que não se chegue a esse exagero, mas poderia acontecer de pelo menos desfiliar o próprio Estado do Acre, através de sua federação, ou o próprio clube. Espero que não chegue a este ponto, porque seria uma desgraça geral ter um clube ou um estado desfiliado da atividade que é a principal deste país”, disse Approbato.