Pela enésima vez, servidores das universidades federais de todo o país, incluindo a do Acre, cruzam os braços e ameaçam uma greve por tempo indeterminado, se as suas reivindicações não forem levadas em conta pelas autoridades.
Todos os anos, essas paralisações se repetem e se estendem por dias, meses a fio, com a suspensão dos serviços burocráticos e quase sempre também do ano letivo, como se não tivessem consequência alguma.
Nada a opor a que trabalhadores de quaisquer categorias façam suas reivindicações por melhores salários e condições de trabalho. É um direito que lhes é garantido pela Constituição.
O que a sociedade não pode aceitar é a banalização dessas paralisações por falta de diálogo e empenho tanto da parte do governo como dos sindicatos em resolver de uma vez por todas essas pendengas que entra ano, sai ano, não são nunca resolvidas. Não pode aceitar porque são mantidas com o dinheiro dos contribuintes e devem dar a contrapartida com um ensino público de melhor qualidade.
Tratando-se, sobretudo, de universidades é de esperar um comportamento mais responsável.