Comunidades rurais da bacia hidrográfica do Riozinho do Rôla estão participando de um mutirão para plantio de mudas em áreas degradadas. A iniciativa faz parte do projeto “Construção Participativa e Sustentabilidade Hídrica”, que tem como objetivo de reduzir processos de degradação de nascentes e matas ciliares, com foco na conservação e recuperação dos cursos de água da bacia. As áreas em que o projeto atua são em Rio Branco, Xapuri e Brasiléia.
Realizado Cooperativa de Trabalho do Acre (COOTAC), o projeto é desenvolvido em 10 áreas piloto distribuídas na bacia do Riozinho. Mais de 2000 pessoas que residem no interior da Bacia estão envolvidas nas ações, por meio da mobilização social. Ao todo serão plantadas 26.800 mudas em áreas de nascente, quintais de escolas rurais e áreas de pasto degradadas.
Nazaré Macedo, coordenadora do projeto, explicou como funciona. “Em primeiro lugar, foi feita uma reunião de apresentação do projeto às comunidades, onde eles decidiram se participariam ou não. Dentro das 10 áreas, existem os “Mensageiros da Água”, que são pessoas escolhidas pela comunidade como líder, representante deles no projeto. Realizamos oficinas sobre recuperações de nascentes, quintais agroflorestais e cada área reune de 40 à 50 pessoas. Também levamos filmes ou documentários para apresentar, além de realizamos mutirões de plantio em escolas rurais, plantando espécies frutíferas para a melhoria do lanche. Quem faz a plantação são as pessoas da comunidade, explicamos o processo e eles realizam”.
O projeto recebe um patrocínio Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental e poderá continuar. “A cada dois anos a Petrobrás lança o edital ambiental. O projeto foi inscrito e passou por uma seleção pública para ser aprovado. Ele é o único do Estado do Acre e um dos poucos da região Norte. O projeto está dando certo. Temos uma grande expectativa de continuidade, pois além de realizar as atividades que não foram concluídas, poderemos ampliar as ações dentro da bacia do riozinho. Existe a possibilidade desse projeto continuar em 2013 e ser prorrogado. As comunidades estão maravilhadas com o trabalho. Vemos a evolução dessas pessoas, que tem outra mentalidade, ampliando os trabalhos para as outras áreas”, disse a coordenadora.
A Educação Ambiental por meio da ação proporciona aos moradores a oportunidade de construir o conhecimento e a conscientização, afirmou Nazaré. “Já tivemos o problema de aceitação, mas quando começamos a conversar com as pessoas e informar sobre o processo de que existem tecnologias alternativas para desenvolver a comunidade e para conservar o ambiente, conseguimos trazer as pessoas para realizar o trabalho. Estamos frequentemente em campo, se comprometendo em cumprir o que falamos, para dar credibilidade e permitir que a comunidade acredite na gente”.