Se não tem daqui, pega dali. Para acabar com este tipo de pensamento no Senado, a Comissão Diretora da Casa aprovou na última quinta (13), uma alteração na distribuição da chamada ‘cota postal’, que serve para o envio de cartas e telegramas dos senadores e do próprio Senado. Tal medida visa torna mais claros os critérios para os serviços de correspondências na Casa, além de determinar um corte de metade das despesas geradas por mensagens pelo Correio.
O vice-presidente da Casa, senador Jorge Viana (PT/AC), foi um dos defensores da nova medida. Após o fim da reunião da comissão diretora do Senado, o parlamentar acreano disse que o corte pela metade da ‘cota postal’ vai representar mais transparência e economia para a Casa.
E foi mais além. Jorge Viana também afirmou que reduzir e distribuir melhor a ‘cota postal’ vai prevenir o descontrole na aquisição de selos e cotas de Correios por estado. E, por consequência, isso evitará também, segundo o político do Acre, que a cota postal fique em desuso pelos senadores, como acontece em muitos casos, e acabe se transformados em desvios dela para a aplicação de seus recursos em fins não tão bem justificados pelos gabinetes dos parlamentares.
Vale destacar que as ‘cotas postais’ são acumulativas para os senadores, durante o exercício financeiro atual, e tal fator dá mais margem para que este recurso acabasse sendo utilizado (ou ‘desviado’) para outras despesas dos gabinetes dos parlamentares. Os gastos com a compra de selos da Casa ultrapassou a marca recorde de mais de R$ 10 milhões, no ano passado.
Jorge não soube precisar o quanto os cofres do Senado Federal vão poupar com a adesão desta nova medida. Estimativas seriam de uma economia de R$ 4 milhões, mas elas não são oficiais.
“O certo é que vamos ter uma redução bastante significativa numa cota que muitas vezes nem estava sendo utilizada pelos gabinetes dos senadores, mas que de tempos em tempos era utilizada para aquisições injustificadas. Faltava um controle mais rígido de aquisição de selos e cotas de correio por estado. Tinha um descontrole, o uso não era feito por senadores e tinha desvio. No fundo selo é moeda”, explicou. (Com informações da Agência Senado)