A sociedade começa a perder a paciência com os transtornos e prejuízos que vem acumulando ao longo desses mais de vinte dias com a greve nos bancos e a qualquer momento pode extravazar em atos mais radicais.
Como já se disse e vale repetir sempre, nada a opor ao direito dos trabalhadores de fazer suas reivindicações por melhores salários e condições de trabalho. No caso dos bancários, têm suas razões, considerando a jornada estressante e os lucros bilionários de suas empresas, que podem remunerá-los com salários mais dignos.
O que não é justo, não é correto é que a sociedade, sobretudo, as camadas mais pobres da população, idosos e deficientes paguem o preço por essas greves que se deflagram por tempo indeterminado, como se pudessem também permanecer por tempo indeterminado sem esses serviços essenciais.
Evidentemente que, valendo-se dos recursos hoje disponíveis, os bancos ou banqueiros não têm pressa ou interesse de resolver o impasse.
Por isso mesmo, os órgãos fiscalizadores, de modo particular, a Justiça do Trabalho, precisam agir e agir com determinação para resguardar os direitos da sociedade, dos clientes, fazendo valer a legislação que os obriga a prestar serviços minimamente decentes à sociedade.