Valem o empenho e esforço de alguns políticos em apoiar os investidores ou divulgadores de algumas empresas multinível, que tiveram seus planos e bens bloqueados pela Justiça aqui no Acre e em outros estados, mas isso por si só não resolve o problema ou o drama de milhares de apostadores que, em muitos casos, perderam tudo o que tinham.
Como já se disse e vale repetir, o entendimento tanto do Ministério Público quanto das várias instâncias judiciais por onde os processos estão tramitando é o de que essas empresas operavam pelo chamado esquema de “pirâmide”, que atenta contra a boa-fé e a economia popular e tudo indica, pelas várias sentenças já proferidas, que esse entendimento não será mudado.
O que a classe política e, sobretudo, os parlamentares têm a fazer é propor emendas a uma legislação do século passado, que pode ter caducado com o surgimento da internet e outros instrumentos, através dos quais essas empresas vinham operando.
Seria uma contribuição valiosa para a sociedade se orientar com clareza sobre o que é pura especulação ou armadilhas de empresas inidôneas do que seria lícito em investir suas economias.
Enquanto isso, da parte da Justiça se espera o bom senso para liberar, pelo menos, os recursos dos apostadores para minorar seu sofrimento.