O vice-presidente do Senado Federal, Jorge Viana (PT/AC), disse que um dos grandes desafios do Brasil, na área ambiental, é encontrar soluções viáveis e imediatas para o problema do descarte de embalagens. Ele vê na iniciativa privada uma importante parceira para o fim adequado destes materiais, como já ocorre em países europeus.
“O governo e o setor privado não se entendem para definir quem é responsável pelos custos da reciclagem das embalagens no Brasil. Uma parcela importante do setor privado não quer assumir o gasto com a coleta seletiva, proposta pelo Governo Federal”, argumenta o parlamentar.
Ele cita que as multinacionais, como a Coca-Cola, Nestlé, Unilever e outras, defendem que a responsabilidade pela coleta seletiva é das prefeituras. Por isso, se recusam a assinar acordos que as obrigue a contribuírem com essa coleta.
O Brasil tem até 2015 para encontrar meios que permitam a redução de descartes de embalagens em aterros sanitários. A meta faz parte do plano da Política Nacional de Resíduos Sólidos, pactuada em 2010. A intenção é garantir vida útil aos aterros sanitários, uma vez que o tempo de degeneração destas embalagens é indefinido.
No país, ainda não há uma remuneração prevista em lei para os catadores. Muitos trabalham de modo independente ou em cooperativas criadas pelas prefeituras. A intenção do Ministério do Meio Ambiente (MMA) é fortalecer essas cooperativas, sendo elas as responsáveis por tirar mais de 1 milhão de catadores da informalidade. Atualmente, o Brasil conta com 30 mil cooperativas que trabalham com esta atividade. (Foto: Cedida)