A Delegacia Regional do Trabalho no Acre encontra dificuldade para atender haitianos que deixam o abrigo em Brasiléia por conta própria e chegam a Rio Branco para obter a carteira de trabalho.
Conforme a delegada substituta do Trabalho no Acre, Maria Bonfim, pelo menos 70 refugiados por dia estão chegando à DRT Acre em busca do documento e emperrando o sistema de emissão.
“Pelo acordo feito entre o Governo do Estado e o Governo Federal, os imigrantes que entrassem no país pela fronteira do Acre com o Peru deveriam, obrigatoriamente, ser atendidos em Brasiléia, onde há quatro funcionários do órgão para a emissão dos documentos”, relata Bonfim.
Para driblar as filas em Brasiléia, os refugiados estão pegando táxis e vindo à Capital, na esperança de ser logo atendido.
“Esta condição, no entanto, causa ainda mais problemas para eles mesmos, porque não temos como atender a toda esta demanda”, explica a delegada. “Eles estão quebrando a norma e causando transtornos também para os trabalhadores locais que não conseguem ser atendidos”.
Por conta disso, muitos dos refugiados estão tendo que retornar para a fronteira sem o documento, segundo o órgão. (Foto: Cedida)