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Lentidão para emitir documentos atrasa viagem de imigrantes

Devido à redução no número de servidores responsáveis pela emissão dos documentos dos imigrantes que entram no Brasil pelo Acre, o processo de regularização e, consequentemente, as viagem estão mais demorados que o comum. Nesta terça-feira, 6, o abrigo em Rio Branco contava com 331 pessoas de três nacionalidades diferentes, sendo a maioria haitianos.

Mesmo assim, as viagens que levam os imigrantes para trabalhar em indústrias no Sul e Sudeste do país não pararam, como ocorreu em dezembro de 2014, quando o atraso no pagamento do Ministério da Justiça levou a empresa, que transporta os imigrantes, a suspender o serviço por alguns dias.

Um contrato foi firmado entre a Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado (SEDS) e uma empresa para fazer esse transporte. Ao todo serão 16 viagens para São Paulo e oito para Porto Alegre. O custo total da operação, que inclui transporte e alimentação, é de R$ 1.153.107,20. Segundo a SEDS, o recurso é proveniente do Ministério da Justiça para as viagens. De acordo com o Diário Oficial, o convênio tem validade até o dia 7 de julho de 2015.

A Secretaria e Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) continua trabalhando com o acolhimento dos imigrantes e também de refugiados que chegam pelas fronteiras do Acre com o Peru e a Bolívia.

Rota
Imigrantes chegam ao Acre todos os dias através da fronteira do Peru com a cidade de Assis Brasil, distante 342 km da Capital. Na maioria são imigrantes haitianos que saem da terra natal, desde 2010, quando um forte terremoto deixou mais de 300 mil mortos e devastou parte do país.

Eles buscam no Brasil uma vida melhor, além de poder ajudar familiares que ficaram para trás. Para chegar até o Acre, eles saem, em sua maioria, da capital haitiana, Porto Príncipe, e vão de ônibus até Santo Domingo, capital da República Dominicana, que fica na mesma ilha. Lá, compram uma passagem de avião e vão até o Panamá. Da cidade do Panamá, seguem de avião ou de ônibus para Quito, no Equador.

Por terra, vão até a cidade fronteiriça peruana de Tumbes e passam por Piura, Lima, Cusco e Puerto Maldonado até chegar a Iñapari, cidade que faz fronteira com Assis Brasil no Acre, por onde passam até chegar a Brasileia.

Desde dezembro de 2010, mais de 30 mil imigrantes já passaram pelo Estado.

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