Olha, não é tirando os esquemas de ‘bicos’ de ninguém, mas pega muito, muito mal ver servidores públicos, em especial na área de Segurança e Saúde Pública, com segundos, terceiros e até mais empregos. O caso, então, deste agente socio-educativo que decidiu tirar um ‘extra’ supostamente revendendo armas e munições compradas na Bolívia (contrabando) é pior ainda.
O agravante desta situação é a ilegalidade da coisa. Imagina só. Trabalhar como parte de um sistema que integra a Segurança Pública e ‘revender’ armas contra-bandeadas. Chega até a ser irônico. Foi uma ocorrência à parte. Certo! Não se pode generalizar e achar que todo servidor tem este tipo de vida dupla. No entanto, os que têm devem ser desmascarados e punidos.
É verdade que nem todos os cargos de secretarias e órgãos públicos pagam bem. Mas os de áreas mais chamativas (policial, enfermeiro, médico, agente, etc) tem salários respeitáveis. Um salário que já garante uma segurança para uma qualidade de vida modestamente boa e paga muitas contas no final do mês.
Só que alguns confundem este conforto do emprego (gerado pelo câncer do comodismo que concurso público infelizmente dá) para entrar em coisa suja. É a ambição negativa. É quem perde com isso? O Estado. Como consequência, o povo, privado de ter um bom serviço público.