A notícia de que o jabuti jurássico cujo fóssil gigante seria um ancestral do mesmo tipo de réptil que habita atualmente as Ilhas Galápagos só reforça uma coisa: o Acre é realmente cheio de segredinhos. E deveria apostar um pouco mais no apelo destes seus mistérios milenares, em todos os sentidos possíveis: científico, educacional, turístico, social, folclórico, econômico, etc.
Desde 2013, os fragmentos da carapaça e da parte de baixo do casco do jabuti acreano que havia sido encontrado na década de 1990 começaram a ser montados. Pesquisadores daqui conseguiram montar o maior, e mais completo, exemplar de jabuti fóssil já descrito pela ciência. Isso chamou a atenção do mundo inteiro. E levantou a hipótese suscitada ainda em 1835, pelo naturalista inglês Charles Darwin, de que os jabutis de Galápagos deveriam ter vindo da América do Sul.
A verdade é que estas e outras informações sobre o Acre são exploradas de forma técnica demais. E tudo o que é técnico acaba se tornando exclusivo. A população pouco sabe sobre estas e outras riquezas históricas (neste caso, ‘pré-históricas’). Mas deveria saber. As pessoas só precisam de uma fagulha, um leve pontapé inicial para aguçar sua curiosidade.
E aí está a grande questão: quem deve instigar este interesse? Apesar de um novo filme da série ser lançado neste ano, do ‘Jurrassic Park – Parque dos Dinossauros’ é que não é.