O líder do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) na Assembleia Legislativa do Acre, deputado Luís Gonzaga, apresentou à mesa diretora na manhã de terça-feira, 5, uma Indicação. Ele solicita ao governo que realize uma reforma administrativa no Estado. Ele afirma que o Acre passa por problemas financeiros em decorrência de um possível inchaço na máquina pública.
“O Estado não tem dinheiro para fazer nada porque a máquina está inchada. Essa situação tem que mudar. Portanto, sugiro ao governo que realize uma reforma administrativa”, disse o deputado.
O parlamentar destacou que, no início da gestão da Frente Popular, o número de secretarias era bem inferior do que a atualidade.
“Temos, atualmente, 25 cargos de secretários adjuntos. Não tem como entender, já que são apenas 22 secretarias, mas o fato curioso é que tem mais gestor do que pastas. Este Estado não aguenta. Os hospitais não têm medicamentos. Os terceirizados não recebem”, comentou, ao frisar que o ex-governador Jorge Viana administrou o Acre apenas com 10 secretarias.
Gonzaga questionou o fato de que ‘enquanto os cargos comissionados são ampliados, no Jordão, os pais de alunos protestam contra a falta de funcionários para fazer a merenda na escola’. Ele salientou, ainda, que ‘os prédios públicos estão se deteriorando’.
O líder do PT na casa legislativa, Lourival Marques (PT), em resposta ao pronunciamento do deputado da oposição, afirmou que a justificativa dada para a solicitação do pedido da reforma administrativa está equivocada.
“O deputado questiona um possível inchaço na máquina pública. Ocorreu, sim, um aumento, mas a causa é totalmente diferente da mencionada. Deputado, em 2010, quanto era o salário mínimo? De lá para cá, já houve aumento de salário mínimo, aumento para servidores e outros investimentos. A folha está superior, mas o senhor fala de 2010. Estamos em 2015. Gostaria que o senhor fizesse esta reflexão sobre as conquistas dos servidores públicos neste período”, salientou.
O líder do governo, deputado Daniel Zen (PT), por sua vez, frisou que gastos com cargos comissionados e secretários representam apenas 3,98% do total da folha de pagamento. Ele pontuou que no início do governo a folha era de pouco mais de R$ 21 milhões. Hoje é de R$ 48 milhões ao mês. Lembrou que antes havia 33 mil servidores – atualmente são 46 mil.
“A reforma administrativa é sempre positiva. Porém, as premissas que o deputado Luís Gonzaga usa para fazer este pedido é inviável. Dizer que é devido ao aumento de cargos que ocorreu um aumento na folha de pagamento do Acre é uma agressão à ciência da matemática. Este aumento não aconteceu em decorrência de cargos comissionados e secretários. Mas devido os sucessivos aumento de salários aos servidores que estão obtendo conquistas a partir das negociações”, finalizou.