Informações da Confederação Nacional dos Municípios dão conta que dez municípios do Acre não receberam repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) no mês passado, agravando ainda mais a situação falimentar desses municípios e de seus habitantes.
É verdade que grande parte da culpa cabe à má administração dos prefeitos e seus gestores, que incharam seus quadros de pessoal com parentes e apaniguados políticos. Mas não se pode ignorar que essa situação que atinge a maioria dos estados e prefeituras é também reflexo ou consequência da grave crise econômica e agora, sobretudo, política que engessou a economia do país.
Só quem não está se importando com isso é a classe política, de modo particular, o Congresso Nacional, que não agiliza a análise e aprovação das medidas necessárias para a retomada do crescimento econômico e está mais preocupado com essa patranha do impeachment.
Como analistas políticos e até ministros do STF vêm alertando, reiteradas vezes, com impeachment ou sem impeachment essa crise não se resolverá sem a adoção imediata dessas medidas econômicas.
Enquanto isso, a sociedade, o trabalhador, de modo especial, vem pagando um preço elevado por essa irresponsabilidade sem tamanho.