Enquanto nossos bravos deputados – ou seria um bando de canalhas? – se engalfinham em Brasília em torno do processo do impeachment, a crise econômica vai se agravando e atingindo em cheio os estados e municípios que, a cada mês, têm que amargar os sucessivos cortes nos repasses do FPE e FPM.
Como já foi amplamente divulgado, vários estados, inclusive alguns tidos como mais desenvolvidos, já estão parcelando o pagamento do funcionalismo público devido a essa redução dos repasses ins-titucionais. Alguns poucos, como o Acre, ainda estão conseguindo, mas não se sabe até quando.
O problema maior, entretanto, não só é este. Com esses repasses reduzidos, os estados e municípios já estão enfrentando sérias dificuldades para executar os serviços essenciais da Saúde, Educação e Segurança Pública. E aí sim, quem está sendo atingindo diretamente é a sociedade, de modo especial a população mais pobre que não tem condições de recorrer à rede particular de ensino ou de colégios.
Mas nada disso, porém, importa para essa corja de políticos que estão apostando tudo no quanto pior, melhor. Grande parte da culpa também cabe ao Governo Central que tem se mostrado incompetente para formar sua base de sustentação parlamentar e corre o risco de ser mesmo desapeado ou golpeado.