Apostaram na fórmula perversa do “quanto melhor, pior” e deu no que deu: o país entrou numa crise institucional e política das mais agudas da história, agravando ainda mais a crise econômica que os próprios governantes admitem que deverá perdurar ao longo do próximo ano e sabe-se lá até quando.
Porém, não foi por falta de ponderações e avisos. Analistas políticos mais isentos e sensatos, intelectuais, juristas e até mesmo a imprensa internacional vinham alertando que o afastamento da presidente da República, através do impeachment ou golpe parlamentar jogaria o país no fundo do poço e é o que está se vendo.
Cercado por uma corja de ministros denunciados por corrupção, o presidente tem se mostrado incapaz de, pelo menos, contornar a crise. Os indicadores econômicos pioraram. Os empresários não se sentem seguros e confiantes em investir para a retomada do crescimento econômico, E, por ironia, como se assistiu no último domingo, os que bradavam pelo impeachment saíram às ruas pedindo a cabeça de alguns dos principais articuladores do golpe. Ou seja, é o golpe no golpe.
E o Acre e demais estados e municípios o que têm a ver com isso? Tudo a ver. No caso do Acre, apesar de o Governo do Estado garantir a duras penas o pagamento do funcionalismo, algumas obras fundamentais para o Estado, como o asfaltamento da BR-364, devem parar por falta de recursos.