Recolhido durante todos os dias de Carnaval, o governador Gladson Cameli deve reaparecer a qualquer momento e a sociedade espera e exige que, neste segundo ano de mandato, comece a administrar o Estado cumprindo suas metas de campanha ou anunciando novas metas.
Como foi seguida e amplamente assinalada, a avaliação do primeiro ano de seu mandato feita pelos seus adversários, mas também seus correligionários, frustrou muito ao que se esperava por várias questões que já deveriam ter sido corrigidas.
A primeira delas foram as constantes trocas de sua equipe de secretários que já se perdeu as contas de quantos foram exonerados e alguns readmitidos, gerando uma instabilidade ou “bagunça”, como o ex-senador Jorge Viana a definiu com propriedade, extremamente prejudicial à execução dos serviços públicos essenciais.
A segunda questão é o cumprimento das metas de Governo que ele anunciou, mas que até agora não se viu resultados concretos. Segundo dados oficiais, o Acre foi um dos estados que menos investiu na geração de empregos e renda e cerca de 42 mil acreanos estão à procura de um trabalho.
Esta, aliás, é outra consequência da instabilidade que se registrou no primeiro ano de sua administração. Ou como bem caracterizou uma secretária que, há poucos dias, se demitiu “é um Governo sem rumos”.
Como já se disse e vale repetir, não se trata de fazer oposição ou apostar, como se fez no passado na fórmula perversa do “quanto pior, melhor”. Trata-se de cobrar e exigir que o Governo corrija seus erros e cumpra o que prometeu.