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ARTIGO – A criação das palavras em um idioma

Fabiano Azevedo por Fabiano Azevedo
21/10/2020 - 05:58
ARTIGO - A criação das palavras em um idioma
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Nenhum estudioso é capaz de mensurar quantas palavras nascem a cada instante da vida da linguagem. Eles só têm a convicção de que são muitas as palavras novas e a imensa maioria delas raramente usada e, assim logo esquecida. Afinal, existem tantas palavras que nenhum ser humano seria capaz de aprendê-las durante a vida.

O léxico da língua portuguesa é bastante extenso, mas utilizamos pouquíssimas palavras no nosso dia- a- dia. No dicionário Aurélio, Online, estão catalogados 435.000 verbetes (“verbetes” são as palavras com seus significados no dicionário). De outra parte, numa pesquisa no Google, é possível verificar 15 milhões de palavras distintas em língua portuguesa, usadas pelo menos 200 vezes em páginas na internet, enquanto pesquisadores estimam que o tamanho do vocabulário de um adulto com bom nível educacional não ultrapassa 100 mil palavras.

Embora tenhamos essa projeção de palavras, o idioma português não possui uma entidade reguladora (a Academia Brasileira de Letras e a Academia das Ciências de Lisboa não têm prerrogativas reguladoras oficiais – prova disso é o fato de os Vocabulários Ortográficos de ambas serem ignorados – e em muitos casos contrariados – pelo Vocabulário Ortográfico Comum que se está a elaborar, e que será, este sim, oficial, mencionado no texto legal do Acordo Ortográfico de 1990).

Enquanto isso, a língua espanhola – que é a segunda língua mais falada no mundo – tem sua instituição reguladora oficial: a Real Academia Espanhola coordena as Academias da Língua Espanhola de todos os países hispanófonos, que, juntas, publicam, periodicamente, o dicionário “oficial” da língua espanhola – cuja versão mais recente, informa, com orgulho, um número “recorde” de 93 mil palavras definidas (“verbetes”).

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Parece pouco? E é: o Dicionário Larousse da Língua Francesa define hoje 135 mil verbetes, e o Dicionário Oxford do Inglês, o maior dicionário da língua inglesa, traz 290 mil verbetes. Mas nenhum deles se compara ao Dicionário Aurélio, online, cuja versão finalizada, estão catalogados 435.000 verbetes (“verbetes” são as palavras com seus significados no dicionário). Isso significa dizer que de muitos idiomas o português é um dos mais ricos em número de palavras.

De tudo que se leu sobre o assunto, dizemos que a língua não é, como muitos acreditam, uma entidade imutável, homogênea, que paira por sobre os falantes. Pelo contrário, todas as línguas vivas mudam no decorrer do tempo e o processo em si nunca pára. Ou seja, a mudança linguística é universal, contínua, gradual e dinâmica, embora apresente considerável regularidade.

A crença em uma língua estática e imutável está ligada principalmente à normatividade da gramática tradicional, que remota à Grécia Antiga, numa época em que os estudiosos estavam interessados principalmente em explicar a linguagem usada nos textos dos autores clássicos e em preservar a língua grega da “corrupção” e do “mau uso”. A língua escrita – especialmente a dos clássicos – era tão valorizada que era considerada mais pura, mais bonita e mais correta do que qualquer outro tipo de linguagem.

A linguística moderna, no entanto, prioriza a língua falada em relação à língua escrita por vários motivos, dentre eles pelo fato de que todas as sociedades humanas conhecidas possuem a capacidade da fala, mas nem todas possuem a escrita. De tudo isso, computando os números, os pesquisadores observaram que a frequência de uso de uma palavra num determinado momento informava pouco sobre a frequência com que seria empregada no futuro. Eles viram ainda que a quantidade de vezes que uma palavra seria mencionada dois anos mais tarde parecia ter uma estreita relação com a disseminação das palavras no passado. Concluíram, então, que a probabilidade do uso de uma palavra aumenta à medida que cresce o número de pessoas que a utilizam. Isso significa que, mesmo se uma palavra for muito utilizada hoje, ela corre o risco de cair em desuso daqui a alguns anos se o número de conversas e de tópicos em que é citada hoje for baixo.

Segundo os pesquisadores, a situação lembra muito a dos seres vivos lutando por sua sobrevivência. Cada palavra pode ser pensada como uma espécie biológica. “Cada uso da palavra pode ser comparado a um indivíduo de uma espécie”. O mistério da criação das palavras continua, mas um estudo publicado em maio, na revista PLoS ONE, realizado pelos físicos brasileiros Eduardo Altmann e Adilson Motter, em parceria com uma linguista norte-americana, ajuda a entender melhor como o vocabulário de uma comunidade evolui com o tempo. Ao analisarem, estatisticamente, milhares de palavras empregadas por quase 167 mil usuários de dois grupos de discussão na internet, durante uma década, o trio de pesquisadores concluiu que as chances de uma palavra, velha ou nova, permanecer em uso, no futuro, não depende tanto da frequência com que ela é usada, mas sim da variedade de assuntos em que é empregada e, mais importante ainda, do número de pessoas que a utilizam. Nas palavras do autor principal do estudo, Altmann, do Instituto Max Planck de Física de Sistemas Complexos, em Dresden, Alemanha, para manter a variedade de palavras em uso em uma comunidade, “é melhor muita gente falar pouco do que pouca gente falar muito”.

Embora a língua sofra ataques deformadores diários nos “blogs” e “chats”, a palavra escrita nunca foi usada tão intensamente antes. Os mais otimistas apostam que os bate-papos da garotada travados com símbolos e interjeições hoje podem ser a semente de uma comunicação escrita mais complexa, assim como o balbuciar dos bebês denota a prontidão para a fala lógica que se seguirá. Pode ser. Seria ótimo que fosse assim. Por enquanto, uma maneira de se destacar na carreira e na vida é mostrar nas comunicações formais perfeito domínio da tradicional norma culta do português.


DICAS DE GRAMÁTICA

Um erro comum, observado na comunicação oral, é a flexão do verbo “haver”. Esse verbo, no sentido de “ocorrer” ou “existir”, é impessoal. Significa que permanece na terceira pessoa do singular, pois não tem sujeito. Portanto, é errônea a flexão do verbo no plural. É provável que a origem do erro seja a associação da conjugação do verbo “haver” com os verbos “existir” e “ocorrer”. Estes têm sujeito e, portanto, flexionam-se de acordo com o número e a pessoa.

Exemplos:

Ocorrerão mudanças.

Existirão mudanças.

Com o verbo “haver”, a regra é diferente – permanece no singular:

Ex.:

Haverá mudanças


ARTIGO - A criação das palavras em um idioma

* Prof.ª Dr.ª Luísa Galvão Lessa Karlberg; É Pós-Doutora em Lexicologia e Lexicografia – Université de Montréal – Canadá; Doutorado em Letras Vernáculas – UFRJ; Mestrado em Letras – UFF; Coordenadora Pós-Graduação, Campus Floresta – UFAC; Presidente da Academia Acreana de Letras – AAL; Membro da Intertional Writers and Artist Association – IWA; Embaixadora Internacional da Poesia – CCA.

– E-mail: [email protected]                

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