Após 28 anos de existência, em 09 de novembro de 1989, o mundo assistiu estarrecido ao fim da divisão de uma cidade e a unificação da Alemanha, foi o início do fim da Guerra Fria que culminou em 1991 com a fragmentação da URSS. Desde o início da década de 80 a URSS já havia mostrado que não iria suportar o ritmo de competitividade imposto pelos EUA. A corrida espacial, os altos custos com a guerra no Afeganistão e com a manutenção do aparato militar soviético aliado aos problemas econômicos ligados a produção de petróleo e a agricultura levaram a URSS a desaparecer em 1991, pondo fim ao bloco comunista consequentemente a Guerra Fria.
A crise estrutural vivida na década de 80 pela URSS foi tão profunda que mesmo colocando em prática políticas governamentais arrojadas de modernização da economia soviética (Perestróica e Glasnost), Mikhail Gorbatchov não consegui evitar o fim da URSS em 1991. No mundo atual, pós-guerra fria, o cenário internacional tem como principal característica o avanço do processo de globalização em diversos níveis da vida cotidiana, como: na política, na economia, na cultura e na sociedade. O neoliberalismo representa uma nova fase do sistema capitalista que, com base na ideologia liberalista, atende às necessidades do mercado internacional no acirramento do sistema, traduzido basicamente na necessidade de abertura de novos mercados consumidores, redução de custos trabalhistas e diminuição do papel do Estado como regulador das relações sociais de trabalho e de mercado. A ideologia neoliberalista impõe-se hoje, no contexto internacional, de acordo com os interesses dos grandes grupos econômicos do mundo, propondo reformas estruturais como: privatizações de estatais, abertura do mercado, derrubada de barreiras alfandegárias, dependência ao capital externo especulativo e defesa da teoria do estado mínimo. E o mundo está sendo dividido pelo pior muro: O da falta de discernimento político A falta de solidariedade. De pautas democráticas.
O fim dos 32 anos da queda do Muro de Berlim, o chamado “muro da vergonha” que durante 28 anos separou a histórica capital germânica em duas até a reunificação da Alemanha Ocidental (República Federal da Alemanha) e da Alemanha Oriental (República Democrática Alemã) em um só país. E até hoje vivemos os desdobramentos desse fato, que continua um fato.
Beth Passos
Jornalista