O ex-ator Guilherme de Pádua “sumiu” das redes sociais após a notícia de que a HBO Max prepara uma minissérie sobre o assassinato de Daniella Perez. Condenado pelo crime, ele agora é pastor em uma igreja evangélica de Belo Horizonte, em Minas Gerais, e deletou o perfil que tinha no Instagram com 40 mil seguidores. No lugar, criou um perfil privado com 847 seguidores.
Ele também deixou de atualizar seu canal no YouTube, no qual vinha, há dois anos, postando vídeos sobre sua conversão. Num deles, ainda no ar, a maquiadora Juliana Lacerda, com quem ele se casou em 2017, dá um depoimento sobre seu casamento e rebate críticas.
“Pensei em dissuadi-la a não mexer com isto, mas já apanhei da imprensa e não quero apanhar da patroa também”, escreveu ele na descrição do vídeo.
Em seu antigo perfil, Guilherme chegou a fazer propaganda de uma clínica de estética, onde ele e a mulher fizeram tratamento em troca de divulgação.
Mais sobre o caso
Daniella foi assassinada por Guilherme de Pádua, com quem fazia par romântico em “De Corpo e Alma”, e por Paula Thomaz, mulher do ator. Segundo o processo, a motivação foi o fato de Guilherme acreditar que seu papel na novela estava diminuindo por culpa da atriz, filha da autora Glória Perez.
A série que a HBO Max prepara terá depoimentos de Gloria Perez, do então marido da atriz, Raul Gazolla, e de amigos famosos como os atores Fabio Assunção, Claudia Raia, Cristiana Oliveira, Maurício Mattar, Eri Johnson e o diretor Wolf Maya, além de advogados e autoridades.
Com direção de Tatiana Issa (“Dzi Croquettes”) e Guto Barra (“Yves Saint-Laurent: My Marrakesh”), que também assina o roteiro, o projeto foi idealizado por Issa, que começou a carreira como atriz e era próxima de Daniella. Em 1992, ano do assassinato, ela atuava na novela “Deus nos Acuda” com Gazolla.
A produção vai mostrar, sobretudo, a luta de Gloria Perez por justiça. A autora conseguiu 1,3 milhão de assinaturas num abaixo-assinado para mudar a lei e tornar os homicídios qualificados hediondos, ou seja, inafiançáveis.
A estreia acontecerá em 2022, quando o crime completará 30 anos.