Todo mundo já reconhece os investimentos que o Governo está fazendo na Segurança Pública para atender o clamor da população acreana. Mas a ação da Polícia Civil que baleou e depois agrediu um estudante universitário no bairro Tancredo Neves merece uma reflexão. O papel do policial civil é investigar.
Parece que foi justamente a falta de investigação que causou o engano. Como um jovem estudante pode ser confundido com um marginal? Será que os policiais que atuaram no caso estavam devidamente treinados e qualificados para exercerem suas funções?
Os policiais deveriam saber o que estavam fazendo para usar suas armas que é considerado um recurso extremo. Se o jovem não atendeu as ordens de parar de policiais que estavam em roupas civis é porque pensou tratar-se de um assalto. Por que atirar contra alguém que está desarmado? Por que não perseguiram o rapaz e o detiveram para fazer as perguntas? Uma abordagem verdadeiramente desastrosa.
Agora, nem tanto ao Céu e nem tanto a Terra. É preciso que policiais civis e militares tenham a instrução precisa do momento em que devem usar suas armas. Não podem tampouco fugir do fogo quando é necessário. O caso do Tancredo Neves deve ser analisado à luz do esclarecimento técnico pelas autoridades de segurança para que não se erre nem pela falta do uso de força e nem pelo excesso.