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Como deve ser o professor do século XXI

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
14/07/2010 - 03:55
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O artigo traz reflexão sobre o papel social do professor neste século XXI. Em verdade, o professor perdeu o prestígio social. Hoje é figura apática, perdeu as cores que outrora o faziam cidadão excelso, bem como viu abaterem sua capacidade e autoridade em terreno pouco fértil. Todavia, continua a ser figura imprescindível no mundo, pois não há ensino-aprendizagem sem professor. Então, como resolver esse conflito entre o desprestígio e o necessário ao mundo educacional? Como deve ser o professor do século XXI?

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O mundo contemporâneo apresenta mudanças que afetam todos os setores da sociedade, inclusive o educacional. Estas mudanças, irreversíveis, estão relacionadas ao desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação, que instituem diferentes concepções de tempo e de espaço e possibilitam ao professor desenvolver novas práticas pedagógicas. É necessário, então, que os professores do século XXI, em primeiro lugar, adquiram fluência tecnológica – vinculada à reflexão e ao uso de ferramentas digitais – e sejam os profissionais que o mundo globalizado está a exigir.

Assim, a função do bom professor do século XXI não é apenas a de ensinar, mas de levar seus alunos ao reino da contemplação do saber. Para tanto, deve caminhar, com passos firmes, entre o desenvolvimento tecnológico e suas práticas pedagógicas. Há trilhas importantes rumo ao desenvolvimento humano, quais sejam:

1º – Aprimorar o educando como pessoa humana – A grande tarefa do professor não é a de instruir, mas a de educar o aluno como pessoa humana que vai trabalhar no mundo tecnológico. Um mundo povoado de corações, dores, incertezas e inquietações. A escola não pode mais se limitar a educar pelo conhecimento destituído da compreensão do homem real, de carne e osso, corpo e alma. Pois de nada adianta o conhecimento bem ministrado em sala de aula, se fora da escola o aluno se torna um homem brutalizado, desumano e patrocinador da barbárie.

2º – Preparar o educando para o exercício da cidadania – O cidadão não começa quando os pais registram seus filhos no cartório nem quando os filhos, aos dezoito anos, tiram suas carteiras de identidade civil. A cidadania começa na escola, desde os primeiros anos da educação infantil e se estende à educação superior, nas universidades.

3º – Construir uma escola democrática – Os professores devem ter na gestão democrática um princípio primordial, que não arredam pé, não abram mão. Quem exercita a democracia, em pequenas unidades escolares, constrói um espaço próprio e competente para assumir responsabilidades maiores na estrutura do Estado.

4º – Qualificar o educando para progredir no mundo do trabalho – A escola, por meio de seus professores, poderá qualificar o aluno para aprender a progredir no mundo do trabalho, ensinando-o a dar respostas às novas demandas sociais, sem medo de perdas, sem medo de mudar, sem medo de se qualificar, sem medo do novo, principalmente o novo que vem nas novas ocupações e empregabilidade.

5º – Fortalecer a solidariedade humana – É papel da escola favorecer a solidariedade, mas não a solidariedade de ocasião, que nasce de uma catástrofe, mas do laço recíproco e cotidiano e de amor entre as pessoas. A solidariedade que chega como adesão às causas maiores da vida, principalmente às referentes à existência humana.

6º – Fortalecer a tolerância recíproca – Um dos mais importantes princípios de quem ensina e trabalha com crianças, jovens e adultos, é o da tolerância, sem o qual todo magistério perde o sentido de ministério, de adesão aos processos de formação do educando.

A tolerância começa na aceitação, sem reserva, das diferenças humanas, expressas na cor, no cheiro, no falar e no jeito de ser de cada educando.

7º – Zelar pela aprendizagem dos alunos – O domínio de conhecimento não deve estar dissociado da capacidade de ensinar, de fazer aprender. De que adianta o conhecimento e não saber, de forma autônoma e crítica, aplicar as informações? O conhecimento não se faz apenas com metalingua-gem, com conceitos a, b ou c, e sim, com didática, com pedagogia do desenvolvimento do ser humano, sua mediação fundamental.

8º- Colaborar com a articulação escola/família – O professor do novo milênio não é mais pedestal, dono da verdade, representante de todos os saberes, capaz de dar respostas para tudo. Ele deve articular-se com as famílias de alunos, na busca de contornar situações desafiadoras em sala de aula.
9º – Participar ativamente da proposta pedagógica da escola – A proposta pedagógica não deve ser exclusividade dos diretores da escola. Cabe ao professor participar dela, até mesmo para definir, de forma clara, os grandes objetivos da escola para seus alunos.

10º – Respeitar as diferenças – Se de um lado levanta-se a bandeira da tolerância, como um dos princípios do ensino, o respeito às diferenças conjuga-se com esse princípio, de modo a favorecer a unidade na diversidade, a semelhança na dessemelhança.

Nesse cenário do século XXI, o educador deve ter a preocupação de reeducar-se de forma contínua, uma vez que a sociedade ainda traz, no seu tecido social, as teorias da homogeneidade para as realizações humanas, teoria que, depois de 500 anos, conseguiu apenas reforçar as desigualdades sociais. A missão do professor é dizer que as pessoas podem amar, viver e ser felizes com as diferenças, pois nelas poderão ser encontradas muitas semelhanças históricas e ancestrais. As diferenças podem somar valores e multiplicar gestos de fraternidade e paz entre as pessoas. Enfim, os professores precisam adquirir novas competências e habilidades para que os alunos possam aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser – aprendizagens fundamentais à Educação para o século XXI.

DICAS DE GRAMÁTICA

DEBAIXO e DE BAIXO, como usá-los?
Nosso idioma parece estar marcando, aqui, a distinção entre “lugar onde” e “lugar DE onde”. Compara:
(1) Ele estava debaixo da cama (onde)
(2) Ele saiu de baixo da cama (de onde)
Na frase (2), de baixo se opõe a de cima; é a mesma oposição que vamos encontrar em “ele mora no andar de baixo”, “ele mora no andar de cima”.
 
DETRÁS, DE TRÁS?
– O advérbio detrás também expressa “lugar onde”; é sinônimo de atrás. A expressão de trás expressa “lugar de onde”; essa preposição “DE” é exigida por um grupo expressivo de verbos de movimento. Compare:
(3) Ele se escondeu detrás da pedra. (onde)
(4) Ele veio de trás da pedra. (de onde)
(5) Tirou o violão de trás do armário. (de onde)
Nas frases (4) e (5), de trás se opõe a da frente; é a mesma oposição que vamos encontrar em “de trás para a frente, da frente para trás”.
Mas pense o leitor que nem tudo são rosas, quando se trata desse enigmático espacinho em branco. Veja, por exemplo, na frase “A criatura surgiu detrás/de trás da pedra”; separado, significa que ela veio de lá; junto, que foi lá que ela nasceu (ou se materializou).

Luísa Galvão Lessa – É Pós-Doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Université de Montreal, Canadá; Doutora em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; Mestra em Letras pela Universidade Federal Fluminense; Membro da Academia Brasileira de Filologia; Membro da Academia Acreana de Letras.

[email protected]

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