Qualquer conclusão apressada que se tirar desse episódio da invasão da produtora do candidato da oposição ao Governo, de um lado e do outro, é indevida e só serve para tumultuar a campanha eleitoral. O que se tem a fazer é a polícia apurar o caso com o devido rigor.
Se até agora a campanha eleitoral aqui no Estado transcorria tranqüila, até com certa apatia, nos últimos dias, tem sido desvirtuada por alguns candidatos mais açodados, usando recursos que em nada contribuem para o exercício democrático.
Usar, portanto, mais este episódio que, ao que tudo indica, é uma ocorrência tipicamente policial, não é ético e deve ser condenado, sob todos os aspectos. Evidentemente, que a polícia precisa fazer a sua parte. Identificar e prender os marginais e aí cabe um esforço ainda maior das autoridades de segurança para dirimir dúvidas e quaisquer suspeitas.
O que os candidatos precisam saber é que a sociedade está bastante atenta e madura para não se deixar levar por golpes publicitários e outros recursos que lembram os tempos do jaguncismo. Votos se conquistam com a exposição e o debate de idéias, com comportamentos éticos.