Como se noticiou, a Receita Federal pode até cobrar essa dívida bilionária das prefeituras. A questão é saber se têm condições de pagar, se irão mesmo pagar, considerando que a maioria está insolvente, quebrada mesmo com outras pendências bem mais modestas.
Por outra, a notícia vale para demonstrar que, com poucas e honrosas exceções, a maioria dos municípios do interior mal consegue pagar a folha de seus cabides de empregos. Se ainda fazem uma ou outra obra, é graças aos repasses que recebem dos governos federal e, sobretudo, estadual.
O problema, entretanto, não é porque os encargos são elevados. Em parte sim, mas é porque os municípios são mal administrados. Basta ver aqui no Acre quantos prefeitos já foram afastados ou estão respondendo a processos por todo tipo de improbidades nas diversas instâncias.
Evidentemente, que a Receita deve cobrar, assim como outros órgãos devem continuar fiscalizando para que a improbidade não seja premiada e as próprias comunidades prestem mais atenção na hora de escolher seus administradores.