A prisão em flagrante do advogado Sérgio Farias e de seu cliente ontem por suspeita de tentar subornar o delegado titular de Manoel Urbano, Rêmulo Diniz, mostrou uma coisa: que a ousadia está grande.
Como pode um profissional do Direito ultrapassar as fronteiras da ética e ainda ter uma atitude dessas? Não há mais medo, respeito ou mesmo bom senso aí.
Um erro é pensar que as pessoas estão à venda e que a confiança é algo negociável. A atitude do delegado em recusar o suposto suborno demonstra que o caminho não é bem esse e que ainda há esperança no mundo.
Segundo o delegado Diniz, Sérgio Farias teria oferecido R$ 3 mil para que a polícia fizesse o que ele pedia. E o mais espantoso é que apenas em outubro, este é o quarto caso de prisão de advogados no Acre.
Não é admissível que alguns profissionais com atitudes criminosas desonrem o trabalho sério de tantos outros advogados. A Ordem dos Advogados do Brasil tem um papel fundamental ao fiscalizar esses casos. É preciso punir aqueles que descumprem as leis para que o ato não se torne uma rotina.