Deu no que deu a tal “despetização” que o atual Governo impôs e até se vangloriava no começo de sua administração: o Acre corre o sério risco de perder o status sanitário de área livre de aftosa do seu rebanho bovino, com todas as graves consequências que isso representa para a economia do Estado e para a saúde da população.
Como se recorda, o problema começou com a demissão de técnicos e médicos sanitários do Idaf no começo do ano, deixando aquele órgão sem as mínimas condições de coordenar e executar a vacinação do gado. Depois, quando o Governo foi alertado das consequências que esta decisão poderia acarretar, tratou de recontratá-los às pressas, mas já era tarde.
Os meses foram transcorrendo depressa e agora o Estado tem apenas o próximo mês para executar os requisitos legais, o que não será fácil e pode-se dizer impossível. São mais de 3 milhões de cabeça de gado a serem vacinados, para, novamente, readquirir o status sanitário de área livre de aftosa do rebanho bovino que, em governos passados já havia conseguido.
As consequências são as piores possíveis, a começar pelo fato que os produtores rurais ficarão impedidos de abastecer o comércio e exportar o excedente de produção, com as despesas de custeio que terão em manter seus rebanhos nos pastos.
Para um Governo que optou como seu carro-chefe o agronegócio não dá para entender e aceitar tal situação tragicômica, mas o problema está posto e precisa ser resolvido.