Em noites dos dias que nos são permitidos, enfim,
Bordamos em palavras pálidas torres de marfim.
Voamos por nuvens voláteis ralas com o querubim.
Que olhos! Quero que os meus um dia sejam assim.
Há neles pitadas de amor, de leveza e brandura.
Para os meus males certamente seriam a cura.
Singeleza de uma alma hoje e cada vez mais pura.
Pepitas de jade incrustradas por ela em mim.
Nenhum outro humano pode ter visto o que vi.
Quão doces retinas me ofuscaram e eu senti.
Tanto amor e volúpia acenderam, se bem li.
Tá explicado: foi por esses olhos que eu me excedi.
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