Novos incidentes ocorridos agora em Cobija com comerciantes acreanos estabelecidos naquela cidade demonstram que o clima de tensão na fronteira entre o Acre e a Bolívia continua e pode degenerar em retaliações e conflitos mais graves.
Apesar de o Governo do Acre já ter alertado as autoridades de Brasília e estas terem cobrado explicações e providências ao país vizinho sobre os atos covardes e de selvageria praticados por soldados bolivianos contra colonos assentados na divisa com o município de Capixaba, até agora não se teve nenhum retorno oficial do governo boliviano. Muito menos garantias de que as agressões cessariam. E agora mais esta agressão contra comer-ciantes estabelecidos em Cobija.
Evidentemente, que não se pode aceitar passivamente este tipo de coisa, considerando o tratamento amigável e até humanitário que o Brasil tem dado aos seus vizinhos. Basta lembrar que só em São Paulo estima-se que vivam e trabalham mais de 100 mil bolivianos. Aqui no Acre eles cruzam a fronteira sem problemas.
É preciso, portanto, que as autoridades brasileiras cobrem a devida reciprocidade e exijam mais respeito e bom senso.